sábado, 25 de fevereiro de 2012

O ESCUDO MÁGICO

Era uma vez um reino em que todos os cavaleiros que algum dia tivessem participado com coragem e heroismo de uma grande batalha possuíam um escudo mágico que brilhava como um pequeno sol.

Quando os inimigos daquele povo se levantaram contra ele, um jovem soldado viu aí a oportunidade de sua vida de demostrar que podia ser tão corajoso como aqueles cavaleiros.

O rei chamou então um por um e determinou as suas posições. Quando chegou a vez do jovem, o rei disse-lhe:
- Você deve ficar no castelo e protegê-lo.

O rapaz ficou muito contrariado, mas obedeceu.

Semanas depois, um homem passou por alí e lhe contou que o exército do seu rei sofrera muitas baixas nos campos de batalha. Por pouco o rapaz não abandonou seu posto para ir ajudar seus companheiros de farda.

Alguns dias mais tarde, uma velha mostrou-se admirada que um jovem tão forte e tão capacitado se encontrava confortavelmente protegido num castelo enquanto seus amigos estavam morrendo nos campos de batalha. Mais uma vez, por pouco não desobedeceu seu rei.

No dia seguinte, um soldado muito moço apareceu ferido e, antes de morrer, contou-lhe que o rei fora gravemente ferido. O jovem, então, montou em seu cavalo e cavalgou velozmente em direção à saída do castelo, mas, quando estava próximo do portão principal, ele mesmo gritou, num ímpeto: - Fechem todas as entradas do castelo. Levantem as pontes levadiças. Não me deixem sair!!!

Alguns dias depois seu rei e seu exército voltaram, feridos, reduzidos, mas vitoriosos. Ao posicionar-se para recepcioná-los, o jovem ficou a admirar os novos cavaleiros que haviam conseguido seus escudos mágicos, mas, para sua surpresa, todos eles olhavam para ele, inclusive o rei, pois seu escudo era o que mais brilhava entre todos eles, pois ele tinha vencido a maior de todas as batalhas, tinha vencido a batalha contra si próprio.
Vencer a si mesmo
é a batalha mais difícil de nossas vidas.


Eis que o obedecer
é melhor do que o sacrificar.
I Samuel 15.22

Autor desconhecido - Adaptado
Fonte: www.metaforas.com.br - Enviado por: Edeli Arnaldi

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